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quinta-feira, 23 de abril de 2009
zen, construções
este trabalho lheeendo me fez pensar no texto do Barthes sobre o Japão, L'Empire de Signes, bibliografia fondamental pra um acesso ocidente-zen
pinço alguns trechos faróis das minhas notas de leitura:
o corpo existe, age, se dá sem histeria, sem narcisismo, mas segundo um puro projeto erótico, ainda que sutilmente discreto
A língua japonesa faz precisamente do sujeito um grande envelope vazio da palavra e não este núcleo pleno que deve dirigir nossas frases do exterior e do alto, de forma que isso que nos aparece como um excesso de subjetividade é muito mais uma maneira de diluição, de hemorragia do sujeito em uma língua parcelada, particulada, difratada até o vazio
Como imaginar um ato de conhecimento que seja a uma só tempo sem sujeito, sem atributo e ainda assim transitivo, como por exemplo um ato de conhecimento sem sujeito conhecedor e sem objeto conhecido? É no entanto esta imaginação que nos é solicitada diante do dhyana indu, origem do ch’an chinês e do zen japonês. Pg 16
Os textos não comentam as imagens.
As imagens não ilustram o texto.
Cada um é um espécie de vacilação visual, análoga a perda de sentido que o Zen chama de Satori.
Texto e imagens em seus entrelaçamentos, querem assegurar a circulação, a troca de significantes: corpo, rosto, escrita.
(Não há significado sub jacente ao significante. Há signos.)
o autor não fotografou o japão; o japão o colocou em situação de escritura.
O satori opera um vazio de palavra. E é tb um vazio de palavra que constitui a escritura. MU le vide.
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