domingo, 13 de setembro de 2009

o olhar do Wagner

Dani querida, obrigado pelo trabalho. Agora pouco, na volta do teatro para o centro coreográfico, estava comentando com rachid e rob como é difícil fazer qualquer tipo de criação no brasil, desde transformar as questões subjetivas até encontrar as formas de produção que, em sua maioria, estão ligadas à um comprometimento espontâneo dos amigos.

Sabendo disso tudo e da vontade de continuar trabalhando, eu assisti o inventário com olhos de quem está torcendo por você. Posso estar errado, mas vejo em seu novo trabalho uma relação íntima com a questão da família – assim como esse outro futuro, que você nos está prometendo para o rumos. Juntar, espalhar, questionar, abrigar para deixar o urso de plástico em estado de contemplação. Me parece que a crítica está clara: são necessárias novas expressões para se entender esses fenômenos que, com ou sem objetos, estão se formando e nos re-formulando também como operários de um jogo vai-e-vem destemperado, que precisa ser reativo e não acumulativo.

Ainda sobra a figura do humano:
A boneca de plástico no meio da bagunça é o duplo:

_ e nós que olhamos?

No mais, gostaria de relatar as coisas que me chamaram atenção como a representação de pensamentos visto nos gestos, na interpretação das formas relacionais (que podem controlar as “novas” expressões) e também o direcionamento e a necessidade dos objetos – se eles tomam um caminho relacional ou se eles terminam em si mesmos.

Esse é o meu olhar. De quem te admira muito,

Com amor,


W.
http://www.wagnerschwartz.com/index2.html

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